- Caio F. Abreu
"Quero outra vez um quarto todo branco e um par de asas. Mesmo de papelão." Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 26 de maio de 2010
The Next Time Around
One too many goals
That measure out your worth
To seek your weight in gold
Sat by the ivory sill
The further out you look
The further out you'll be
It's not enough to set the terms
If nothing ventured, nothing earned
Though odds are set against
In time, I'll belong to you
It's how it's meant to be
Settled on your own
Sweeping dust from stones
With a letter home
Back where the hour's long
The simplest things invite a thrill
If just by noticing at will
It's not enough to set the terms
If nothing ventured, nothing earned
It's how it's always been
E onde a sorte há de te levar
Saiba, o caminho é o fim, mais que chegar
E queira o dia ser gentil
À tua mão aberta pra quem é
In time, I'll belong to you
That's how it's meant to be
And how it's always been
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
"A vida era lenta e eu podia comandá-la. Essa crença fácil tinha me alimentado até o momento em que, deitado ali, no meio da manhã sem sol, olhos fixos no teto claro, suportava um cigarro na mão direita e uma ausência na mão esquerda. Seria sem sentido chorar, então chorei enquanto a chuva caía porque estava tão sozinho que o melhor a ser feito era qualquer coisa sem sentido. Durante algum tempo fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas como se elas me solucionassem. Não solucionaram."
(Caio Fernando Abreu)
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Carências
Tô carente.
Carente de amigos, carente de amor, carente de música extremamente boa, carente de horas de leitura, carente de comida boa, carente de lugares que me remetem boas lembranças, carente de pessoas conversando comigo, querendo saber como foi meu dia, carente de cobranças, carente de TELEFONEMAS NO MEIO DA NOITE, carente de oxigênio, carente de dias de sol, carente de orações, carente de escrever algo que preste, carente de valorização, carente de roupas, carente de banhos de chuva, carente de grama verdinha, carente de joguinhos antigos, carente de bebidas, carente de uns cigarros, carente de abrir portas, carente de bater algo na minha máquina, carente de água gelada, carente de sexo...
tão carente, tão necessitada de carinho.
Uma carência de apelações e declarações mal redigidas.
Carente de amigos, carente de amor, carente de música extremamente boa, carente de horas de leitura, carente de comida boa, carente de lugares que me remetem boas lembranças, carente de pessoas conversando comigo, querendo saber como foi meu dia, carente de cobranças, carente de TELEFONEMAS NO MEIO DA NOITE, carente de oxigênio, carente de dias de sol, carente de orações, carente de escrever algo que preste, carente de valorização, carente de roupas, carente de banhos de chuva, carente de grama verdinha, carente de joguinhos antigos, carente de bebidas, carente de uns cigarros, carente de abrir portas, carente de bater algo na minha máquina, carente de água gelada, carente de sexo...
tão carente, tão necessitada de carinho.
Uma carência de apelações e declarações mal redigidas.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Fixado na parede, sem uma das mãos. Observo o garoto que se masturba embaixo das cobertas vendo uma foto no celular. O quarto é precário, bem de acordo com o dono. A pluma roxa começa a atrapalhar minha visão, droga, preciso fazer vento pra essa bosta sair da minha frente. Pronto, bem melhor assim. Ele tem dezesseis anos, pouca massa muscular, tem alguma penugem na cara, nada muito evidente e, toda noite, se masturba pensando na menina.. Continuo observando-o por mais algum tempo, olho pro relógio quebrado na parede, marcam 3:15 am. Já é tarde pra alguém que tem que acordar às 6:27 pra tirar os excessos de porra das pernas. Começo a mexer e remexer alguns objetos no quarto para acabar com seu momento de prazer solitário. Se funcionar, talvez durma. Mas nada adianta, ele continua.
Do outro lado do estado, sei que a menina faz quase o mesmo, masturba-se ao som da voz dele. Esforço-me e, com muito custo consigo mexer objetos no seu quarto. Ela tem medo disso, se acalma e vai dormir.
O meu garoto, permanece mais algum tempo, até gozar num pedaço qualquer de papel rabiscado com alguma caneta ponta fina. Enfim, adormece.
Pronto. Só resta eu nesse amontoado de merda. Lembro da minha doce Madellene, ah, quantas saudades Madellene, das suas brigas, das tuas mordidas, dos teus lábios. Afinal, eu, agora pouco, quis privar o meu garoto de fazer uma coisa que eu já fiz por muito tempo, me sinto mal. Desmaio.
Abro os olhos e me assusto com um anjo abortado, grudado na parede, com uma espingarda na boca. Lembro-me de seu nome, Kurt Donald Cobain, e volto a desmaiar até a noite.
M.L.
Do outro lado do estado, sei que a menina faz quase o mesmo, masturba-se ao som da voz dele. Esforço-me e, com muito custo consigo mexer objetos no seu quarto. Ela tem medo disso, se acalma e vai dormir.
O meu garoto, permanece mais algum tempo, até gozar num pedaço qualquer de papel rabiscado com alguma caneta ponta fina. Enfim, adormece.
Pronto. Só resta eu nesse amontoado de merda. Lembro da minha doce Madellene, ah, quantas saudades Madellene, das suas brigas, das tuas mordidas, dos teus lábios. Afinal, eu, agora pouco, quis privar o meu garoto de fazer uma coisa que eu já fiz por muito tempo, me sinto mal. Desmaio.
Abro os olhos e me assusto com um anjo abortado, grudado na parede, com uma espingarda na boca. Lembro-me de seu nome, Kurt Donald Cobain, e volto a desmaiar até a noite.
M.L.
terça-feira, 11 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Conjunções
eu gosto das tuas risadas desesperadas e gosto do teu cabelo, apesar de preferir ele comprido e gosto da maneira que me olha por cima dos óculos e gosto de acariciar teus dedos e de morder eles de levinho e ver você reclamar dizendo que isso dói e gosto do timbre da tua voz que vezenquando chega até me irritar e de te abraçar e pensar "meudeus, como ele é magrinho" mas eu gosto disso e de sentir teu coração batendo num ritmo descontrolado quando digo que te amo e de poder dizer "você é meu E mais nada importa agora".
sábado, 8 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Estou a ponto de me afogar com minhas lágrimas, tanta água salgada que um mar se abriu em meio ao deserto.
Mães nem sempre têm razão, mães nem sempre estão preparadas psicologicamente pra serem mães, e quando o fazem, não agem "corretamente"(nem mesmo depois de uma década e meia.)
Anyway, mãe é mãe.
Mães nem sempre têm razão, mães nem sempre estão preparadas psicologicamente pra serem mães, e quando o fazem, não agem "corretamente"(nem mesmo depois de uma década e meia.)
Anyway, mãe é mãe.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
ela é toda tornozelos e coxas
e nariz e boca e cabelos
e carência e algum resquício de remorso.
ela atravessou a lâmina cega.
ela sonha com
terras tão distantes que
seus pensamentos ruins não poderiam acompanhá-la.
ela é alice, miss lexotan, jeannie nitro e dona morte. ela é clementine.
ela é
uma pobre fodida.
-Kay
e nariz e boca e cabelos
e carência e algum resquício de remorso.
ela atravessou a lâmina cega.
ela sonha com
terras tão distantes que
seus pensamentos ruins não poderiam acompanhá-la.
ela é alice, miss lexotan, jeannie nitro e dona morte. ela é clementine.
ela é
uma pobre fodida.
-Kay
vai ver que ela esteve por aí esse tempo todo,
que andou cultivando plantas carnívoras.
vai ver que os sentimentos estão embutidos, ou que ela é apenas
apática.
vai ver que são precisos cinco sóis para alegrarem-na.
vai ver que foi muito amor pra pouco peito, que foi muita lágrima pra pouco lenço.
vai ver que ela apenas não existe mais.
-kay
que andou cultivando plantas carnívoras.
vai ver que os sentimentos estão embutidos, ou que ela é apenas
apática.
vai ver que são precisos cinco sóis para alegrarem-na.
vai ver que foi muito amor pra pouco peito, que foi muita lágrima pra pouco lenço.
vai ver que ela apenas não existe mais.
-kay
terça-feira, 4 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
" Há pessoas que nos fazem voar. A gente se encontra com elas e leva um bruta susto (...) elas nos surpreendem e nos descobrimos mais selvagens, mais bonitos, mais leves, com uma vontade incrível de subir até as alturas, saltando de penhascos... Outras, ao contrário, nos fazem pesados e graves. Pés fincados no chão, sem leveza, incapazes de passos de dança. Quanto mais a gente convive com elas mais pesados ficamos... "
domingo, 2 de maio de 2010
sábado, 1 de maio de 2010
"(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir
é preciso chegar...
Ah, como esta vida é urgente!... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas."
Quintana
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