sábado, 11 de julho de 2009

Sob um céu de blues.

Há um momento na tua vida, que tu chega a uma conclusão: Eu tenho alguém?Será mesmo que não estou sozinho?

E tu passa, de repente, a ser mais solitário, caminhando sob um céu de blues, tu quer a realidade, tu quer alguém.

Os virgens.

Sou virgem e meu signo é Leão. Sou casada e sou virgem, tenho filhos e sou virgem. Tão virgem quanto você.

Quando falamos em virgindade, logo pensamos em sexo, e a partir do dia que o experimentamos, o mundo parece perder seu mistério maior. Não somos mais virgens! Que grande ilusão de maturidade.

Virgindade é um conceito um tanto mais elástico. Somos virgens antes de voltar sozinhos do colégio pela primeira vez. Somos virgens antes do primeiro gole de vinho. Somos virgens antes de ver Paris. Somos virgens antes do primeiro salário. E podemos já estar transando há anos e permanecermos virgens diante de um novo amor.

Por mais que já tenhamos amado e odiado, por mais que tenhamos sido rejeitados, descartados, seduzidos, conquistados, não há experiência amorosa que se repita, pois são variadas as nossas paixões e diferentes as nossas etapas, e tudo isso nos torna novatos.

As dores, também elas, nos pegam despreparadas. A dor de perder um amigo não é a mesma de perder um carro num assalto, que por sua vez não é a mesma de perder a oportunidade de se declarar para alguém, que por outro lado difere da dor de perder o emprego. Somos sempre surpreendidos pelo o que ainda não foi vivido.

Mesmo no sexo, somos virgens diante de um novo cheiro, de um novo beijo, de um fetiche ainda não realizado. Se ainda não usamos uma lingerie vermelha, se ainda não fizemos amor dentro do mar, se ainda cultivamos alguns tabus, que espécie de sabe-tudo somos nós?

Eu ainda sou virgem da neve, que já vi estática em cima das montanhas, mas nunca vi cair. Sou virgem do Canadá, da Turquia, da Polinésia. Sou virgem de helicóptero, Jack Daniels, revólver, análise, transa em elevador, LSD, primeira classe, Harley Davidson, cirurgia, rafting, show do Lenny Kravitz, siso e passeata. A virgindade existencial nos acompanha até o fim dos nossos dias, especialmente no último, pois somos todos castos frente à morte, nossa derradeira experiência inédita. Enquanto ela não chega, é bom aproveitar cada minuto dessa nossa inocência frente ao desconhecido, pois é uma aventura tão excitante quanto o sexo e não tem idade pra acontecer.

Martha Medeiros.

Plim!

De repente, tu tá lá e tals e vem uma vontade desgraçada de "dar uma bola".
Tu fica na fissura, e nada de passar.
Daí tu pensa que tem que pensar noutras coisas pra esquecer a Maria Joana. Só que daí, tu piora.
Tipo, uma ansiedade que não acaba mais, e tu não pode conte-la.
Aí, tu vai no teu quarto que é todo branco por destino do acaso.
Tem uma cama, uma cadeira, uns rabiscos nas paredes.
E faltam algumas coisas. Um espelho. O que falta é um espelho.
Para refletir a alma.
E falta um relógio. Um relógio que ao invés de correr o tempo, faça-o voltar, ou que só gire em sentido contrário.
Plim!
Logo tu acaba esquecendo a Maria Joana.
Ocupa a mente com coisas mais complexas. E acaba.
Volta ao que o tal do sistema diria ''normal''.
E bye-bye my friend, lá se foram teus planos pra essa noite, adeus Maria Joana, vamos na loja pesquisar preços, achar utensílios para o quarto, a sala, o banheiro. Adeus Maria Joana.

Coisa.

As coisas erradas que fiz, de nada posso me arrepender.
As coisas boas que eu fiz, de nada posso querer novamente.
Mas o que está feito, está feito. Nada adianta mais.
Continue. Pense. Escreve alguma coisa aí.
Gostaria de ocupar minha cabeça com outras tantas coisas, mas farei o que?
Direi o que? Ficarei com o que? Com quem?
Bom, eu não sei. E, enquanto eu não fico sabendo, vou por aí, fazendo coisas erradas e certas
Sem ao menos me preocupar com o fim, porque este é o mesmo para todos.

Tá.

Tá, vá lá.
Vaamos! Entre logo! Tenho pressa! :@
Go! Go! Go! Baaby!
Tranque a porta. Traga-me um chá.
Vamos lá, pirações, paranóias. Todas sinceras.
Ticket's, doces, rock's and roll's.
I love that.
Estas pensando em se vestir?
Mas nem se dispistes..completamente?
Não deixastes a mostra todos os teus sentimentos e pensamentos mais obscuros...
Escondestes tuas vergonhas na cortina da dúvida.
Da qual não posso saber.
Da qual não posso ver.
Tudo bem..
Também escondo as minhas..
Pra evitar que alguém que possa provocar danos as use em maus hábitos.
Tudo bem.
Tudo bem.
Não a recrimino.suposta segurança.não se pode mais se ter confiança.
Nem em sua semelhança...
Nem em uma criança.
Nem na própria sombra...
Nem na sua honra.
Em nada.
Em cada.
Nem em um quarto branco.
Nem em uma cela escura..
Nem em uma camisa de força...
Nem em lugar nenhum.nem em todos os lugares.
Nem em tudo ,nem em nada.
Nem mesmo..em si mesmo.
Que a esmo se trai.

Créditos: Poeta Michael.