domingo, 27 de dezembro de 2009

Voltou assim como a inspiração, a música e a paz.
Trouxe consigo dor, mágoa e um segredo.

.
.
.
.

Em mim, restou saudade. Saudade do que não tenho e ainda não vi.
Saudade que só você cura.
Saudade e medo.
Medo de, talvez, te perder por eu não saber medir as palavras.

"Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação Cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço?"




Caiozinho.

Minhas doses diárias de Caio Fernando Abreu.

"Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio."

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

"Apenas já não somos mais crianças e desaprendemos a cantar. As cartas continuam queimando. Eu tentei pensar em Deus. Mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez se tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas eles não voltaraão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais."