terça-feira, 2 de novembro de 2010

Oito anos

Oito anos desde a sua partida e seis que eu não lhe visitava.
Não sei se porque ela não deixava, eu por descaso meu, ou estava evitando sofrer mesmo.
Acontece que, nos últimos tempos você tem se tornado uma ausência grande na minha vida e eu, realmente, sinto falta e mais dor do que sentia há oito anos atrás, quando você me deixou.
Então, nesse ano, tomei coragem e fui. Estranha a sensação que tive, não fiquei feliz por saber que estava ali e nem triste por saber que não me acompanha mais. Apenas mantive o automático.
Mandaram-me rezar, não lembrava nenhuma oração e então a fiz com as minhas palavras, à seus pés.
A única coisa que saiu da minha boca foram "I miss You, Daddy" e de repente, meus olhos se encheram de lágrimas mas forte que sou, não deixei-as cair.
Lidar com a tua morte, tem sido cada vez mais distante pra mim, preocupo-me com a estética do teu túmulo mas na verdade, queria te ver só mais uma vez, meu querido e preferido.
Entre todos os homens da minha vida, e não foram poucos, o que eu mais amei, foi você, papai.