quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Amor, meu grande amor... (Cazuza)

Amor,meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções como as paixões
E as palavras
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo ou se sou agua
Amor,meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
Que tudo que ofereço
É meu calor,meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Amor,meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Me reconheça
Amor,meu grande amor
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Por favor,me reconheça..

Pressa...

Temos pressa para ouvir "EU TE AMO".

Não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: somos namorados, ficantes, casados, amantes?
Urgência emocional. Uma cilada.

Associamos diversas palavras ao AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos no entanto da palavra que viabiliza esse sentimento: PACIÊNCIA.

Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É preciso degustar cada pedacinho do Amor. Mas não! Temos urgência.

Queremos a resposta do e-mail ainda hoje, queremos que o telefone toque sem parar, queremos que ele(a) se apaixone assim que souber nosso nome, queremos que ele(a) se renda logo após o 1º beijo e não toleramos recusas, não respeitamos dúvidas, não abrimos espaço na agenda para esperar.

Pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida: sermos AMADOS.

Atiramos pra todos os lados e somos baleados por qualquer um. E o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia chamada "PRESSA".

-Café com nostalgia.

- Porque é tomando um café, que me vem as lembranças imensuráveis.

Distorção, não é nada do que parece. Você só quer lembrar.