domingo, 22 de novembro de 2009

Queria poder dizer qual foi a hora exata em que nos perdemos.
Quando foi que as nossas mãos se soltaram
E não olharam para trás, para ver o que ficou;

Quando os antigos cigarros transformaram-se somente em fumaça
Deixando no ar o cheiro de um passado próximo,
E os gritos da festa transformaram-se em um pesado silêncio.

Poderia dizer por que levou tanto tempo para sentirmos?
Por que o orgulho por tanto tempo afogou este sentimento,
E só agora ele dói?

O certo é que já não somos parte de um todo,
As mão separadas não se unem mais,
E a fumaça não pode voltar a ser cigarro.


Lívia Gallo
Nada resta, só eu.
Eu, porém, nada
15 primaveras.
Hora tempestades
Outrora flores