terça-feira, 2 de março de 2010

Prosopopéia

Vou só deitar na minha cama e esperar pra morrer
Eu juro a você que é o melhor a fazer
Vou fechar os meus olhos e tentar e esquecer
Vou abrí-los de novo e pensar no por que

Por que sou feio do avesso
Por que estou vivo, eu mereço
Por que eu sigo sua sombra
Por que sem voz envelheço


Eu não aguento mais



Uma chuva de porcos clareia o céu de outro dia
Não sei descrever, é como mel eu diria
Uma teoria engraçada, estranha e complicada
Envolve ossos quebrados e comida estragada


Por que sou feito de gesso
Por que meu sangue é gelado
Minha solidão amassada
Por que de ti não esqueço

Minha solidão amassada
Por que de ti não esqueço

Vou deixa pra você só um presente de adeus
Não é nada demais, apenas uma lembrança
Só vou dizer a você que não há mais esperança
Então não deixe sua sorte com uma criança



André Arietta